sábado, 28 de junho de 2008

É incrível a minha triste mania de guardar tudo e fingir que nada é nada. Acho que é típico do brasileiro, ou pode ser que nós mesmo tenhamos atribuído essa "qualidade" a essa nacionalidade pois ela é inocente, nacionalidade sozinha só define o que vai na carteira de identidade, o que caracteriza uma nação são as próprias ações do povo. Mas isso como sempre, foi só uma explosão de idéias que só trazem rodeios para poder afastar a verdade do seu devido lugar. É interessante esse pensamento de qualificar as coisas, porque afinal verdade sempre tem que estar em primeiro plano? Pensando bem, às vezes uma mentira pode falar muito mais verdades do que um artigo científico que não ultrapassa os limites do real. Esopo, (aquele escravo hebreu que muito se fala nos tempos atuais, mas nada se sabe da credibilidade de seus escritos e da autoria legítima) falava dos problemas para seus semelhantes através de belas histórias, que olhos despreparados diriam que eram apenas contos para fazer criancinhas dormirem e fomentar sonhos de heroísmo controlado. Toda mentira então, seguindo este princípio deve ter uma verdade por trás? Muitas vezes camuflei a verdade em palavras mentirosas, mas foram gestos que só confirmaram a minha indignação comigo mesmo, não suporto o fato de que em certos momentos sou eu mesmo. Minto ser alguém que não existe, quem não o faz? Me diga, quem não veste uma máscara antes de sair de casa, com cores vivas, sorrisos perfeitos e brilhos ofuscantes, mas quando chega em casa, ao olhar no espelho percebe que tudo se desgastou e por debaixo da máscara, habita um olhar sem cor e uma expressão sem vida. Adianta então sair de casa sem cores? Penso que a real intenção seria esta mesmo, sair de casa sem cor, sem nada apenas com o caráter (este sim deve ser muito bem colorido e verdadeiro) e sair pintando ao longo da convivência seu aspecto, aderindo cores onde não tem e trazendo vida onde realmente deve haver. A conclusão que tiro é que sozinhos damos importância onde não precisa, não nos vemos como realmente somos, até mesmo o espelho não é verdadeiro, nunca confiei nele! É preciso perguntar, conversar, viver repleto de diferentes nuances.
Pouco sei de mim, muito sei do que pareço ser e prefiro não saber o que pensam de mim. O ser humano é algo muito complexo, minhas loucuras, estas mesmo expressas em palavras desconcertadas, nunca explicaram a metade de sua confusão, logo, minha confusão. Agora mesmo, não sei se vou conseguir enfeitar minha máscara, nem sei se ao menos conseguirei colocá-la, o que me conforta é que no chão já vejo máscaras alheias, o mundo tá ficando mais verdadeiro mas será que realmente preciso da verdade?
Andei, rodei, viajei e não encontrei absolutamente nada. Afirmo então categorigamente mais uma vez que o ser humano é algo incompreensível, não faz parte de sua utilidade entender-se, seu cérebro não alcança essa capacidade. Deve haver em algum lugar alguém (algo) mais complexo e é aí que mora o problema. Entramos em mais um debate, mas já passa das 22:27 e minha criatividade de sábado além de infundamentada é finda.
Acho que todas essas 527 palavras acima, são reflexos de uma mente temerosa, e que aderindo a uma antítese, não tem relevância nenhuma, desculpa.

domingo, 1 de junho de 2008

Admito, esse tem sido o único lugar em que expresso meus sentimentos sem parcialidades ou censuras, eu ao menos entendo e isso já basta, ou melhor, bastaria. Me arrependo de não falar as coisas quando realmente devem ser ditas e de ter o dom de fazer as coisas erradas nas horas certas. Poderia ter sido em qualquer momento, menos naquele, sim em todas as duas situações. Acho que me falta maturidade o suficiente pra poder transformar tanta informação em ação, parece que já virou hábito meu derrubar lágrimas, minhas ou suas.