quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ri de mim mesmo. Chovi durante dias uma chuvinha de verão. Já me perguntei várias vezes o porquê das definições impostas a nós desde sempre. Particularmente, não vejo sentido para algumas delas. A torta, por exemplo, recebe um nome disforme enquanto os confeiteiros caprichosamente tentam fazer daquela "torta" a oitava maravilha do mundo. Definiu, não definiu? A torta, mesmo sendo torta, não é torta e se há algum aniversário com uma torta realmente torta, significa que o aniversariante não quer ver o tempo passar, não é feliz em envelhecer, quer ter uma velhice torta. Por falar em velhice, tá aí outra coisa que não entendo, não que seja uma definição, mas velhice é um estado ímpar. Assim como na infância, o "acometido" (se é que se pode dizer issim) acostuma-se à banguelice e aos passos trôpegos, livra-se das responsabilidades e volta a ver felicidade onde um adulto "normal" (normalidade? só no dicionário) não veria. Ao mesmo tempo, espera a morte. É, não que nas outras idades ela esteja distante, mas alguém velho tem a morte como um próximo passo, sempre acha que está com "meio caminho andando". Mas não acho que seja o momento de falar dela. Definindo a morte, mesmo que isso seja contraditório ao resto do post, daria a ela a definição de mãe, pai, braços, cajado, terra, caixão, flores, velas, luz branca, calor... É tanta coisa numa única palavra que nem vale a pena discorrer. De fato, definir é sim o meio de sobrevivência de algumas pessoas e quem sou eu para contrariar? O Dicionário, por exemplo, está cheio de definições, mas convenhamos, quem as segue? Segui-las-ia caso fosse propício, todavia, a inocuidade dos vocábulos nos faz crer que somos donos da língua. Por isso, que se dane ênclese, mesóclise, próclise, verbos, artigos (definidos ou não), substantivos e toda a família do Aurélio e Houaiss, quero mais é viver as minhas definições, mesmo sendo essas um pouco tortas.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Parece mentira ou armação, mas tudo que faz bem vai cedo e o que irrita, fica. Ali, parado, remoendo brincando de contorcionismo com os sentimentos, dobrando as dores, entortando os amores, o agente causador das lágrimas parece ser um verme contagioso. Apesar de muitos confetes e serpentinas espalhados pelo chão, o que agradou já foi e não volta mais. Na realidade, a questão é se adpatar às mudanças, mas como bactérias, estas vêm cada vez mais complexas com um pedacinho diferente ainda não conhecido. Vamos brincar de montar o quebra-cabeças então, peças compatíveis seguem caminhos parecidos, permanecem juntas no tabuleiro. Por via de regra, as diferentes unir-se-ão as suas semelhantes e que isto não seja visto como métedo segregativo, às avessas disso, a união das peças "ímpares" traz à tona a questão da singularidade plural. E se quem lê ainda é adepto aquela famosa frase "os opostos se atraem", não se esqueça que a mesma só vale para regras físico-químicas que se aprende no colegial, fato.
Nosso cérebro se costuma com o habitual (o que não deixa de ser uma redundância), a estrada que se caminha todos os dias já não é mais estrada é apenas um caminho, não se vê as flores, as pedras ou o céu. Mecanicamente os passos levam ao destino sem nem ao menos perceber a transparêcia da felicidade. Somos camuflados, escondemo-nos em nós mesmos, e como em uma guerra, batalhamos por objetivos alheios que pensamos ser os nossos. ACORDA! A vida não espera um textinho a ser decorado e nem existe a tal repetição da cena um. Sozinho ou acompanhado, de calça ou bermuda, longos ou curtos, pretos ou brancos, as antíteses nasceram pra trazer o livre arbítrio e se há um objetivo de vida para elas com certeza é pôr dúvidas onde não se precisava ter. De fato, alguns dos seres não nasceram aptos à direção, não sabem comandar o leme, perdem-se nas ondas... ondas? Ondas sonoras, ondas eletromagnéticas, enfim, essas ondas que tomaram conta do mundo. Vê-se coisas, lê-se outras, escuta-se mais ainda e se de tudo isso não restar nenhuma informação suficientemente capaz de proporcionar uma escolha, não adiantará de nada acreditar que o livre arbítrio ainda te pertence, aí só resta ser sombra dos outros. De veras, não vale o esforço viver do passado, mas é inegável que ele conforta, faz bem e dá vontade de prosseguir, porque se depender do presente... É melhor então, esquecer do tempo, das suas armadilhas e brincar de ser feliz.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

É, o negócio é aproveitar cada segundo. Chegará um dia em que os sorrisos não serão tão sinceros, as palavras não serão mais despidas de preconceitos e o amor... infelizmente mudará. A teoria da relatividade deveria ser mais auto-explicativa (hífen até 2012), o tempo e o espaço definitivamente nasceram juntos, mas como Romeu e Julieta não podem permanecer unidos, o que é uma pena.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Aposto o oposto
que do posto, mesmo com aposto
Nâo se vê o rosto
De quem esconde no encosto
A esperança do anteriormente proposto
Encontro de rosto.
Acho que prefiro agosto,
mesmo que não exposto
o calor de agosto
faz bem para um coração deposto,
de um último entregosto
do seu até então, mesmo que suposto,
malposto, composto e justaposto amor.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O suspiro pode ser doce, assim como o sonho, mas não falo desses que se compra, refiro-me aos roubados, encontrados, sentidos e proporcionados... HA HA HA, mas não eu. Acho que só gosto dos verbos intransitivos, aqueles que não precisam de explicaões. Explicar, explicar e explicar, às vezes cansa só pensar na resposta da pergunta que nem ao menos foi feita. Olhando as pessoas na rua, a gente percebe o quanto somos pequenos perto de uma imensidão, não falo isso para entrar na mesmice literária de cronistas e colunistas de periódicos viciados em sua rotina, na verdade essa minúscula magnitude é válida apenas para pensar. Na prática, de que vale saber da grandiosidade alheia? É muito mais fácil andar por aí, olhando para seu próprio All Star, chutando pedrinhas, catando latas, mas a questão é que nem sempre o fácil é conveniente e habitual, facilidade não é o melhor caminho para todos os destinos. Levante a cabeça, rapaz! Abre esse sorriso cheio de dentes e veja se essas portas não se abrirão, com sonhos, suspiros, ou nada disso.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Desfez os nós de incerteza, despiu-se do medo e caiu nas profundezas de si mesmo.

Esqueceu que nada é mais forte do que a própria consciência ou que da vida não se espera nada além de viver esperando algo que não chega? É sempre assim, pode perceber. Uns querem ganhar na loteria, fazer mil planos, mas nem por isso se arriscam de jogar, outros procuram coisas onde nunca vão existir, tipo chifres na cabeça de cavalos, se bem que hoje não se pode duvidar de mais nada, é cada coisa que se vê na TV.