segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Há tanta coisa para se pensar, que quando você percebe está num vazio, num ócio filosófico que não sabe qual caminho seguir e nem onde quer chegar. Existem aqueles momentos em que tudo foi pré-definido por algo ou alguém, mas outros em que se precisa ser esse alguém para que algo realmente aconteça. Sabe o que eu tiro de tudo isso? Que eu falo demais, e nunca vou saber de nada além disso: pensar que sei, mas na verdade não sei é de nada.
Além de tudo, perdi o foco, não tenho norte nem sentido algum sou um astro porcurando uma orbita, ou não. Mais vale ser um astro errante do que entrar em uma órbita que me leva a uma catastrófica colisão, assim, exatamente como essa.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Na verdade não sei nem o que escrever, tenho milhões de motivos, mas nenhum propósito. É muita coisa em menos de 24h, por isso que as vezes amo e odeio a idéia que paira meus pensamento de ter mais horas num dia.
Cada um faz o que quer e o que está ao seu alcance, no meu caso não faço nenhuma das duas opções, nunca faço nada mesmo. Penso muito se consigo mudar, mas nada faço além de pensar, afinal que filosofia de vida é essa? Existe ao menos uma filosofia de vida a ser seguida? Têm vezes que vale a pena mudar, mas outras como esta, não adianta pular, gritar, derrubar a mesa, jogar-se na piscina, nada interfere. O que importa mesmo é jogar no escurinho, descartar sem saber o valor, é não valorizar o importante e seguir em frente como vencedor.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Já tentei tapar a visão com coisas que não existem ou ocupá-la com a realidade que pra mim às vezes parece não ser real, parece que se chega a um mesmo ponto em tudo, pra qualquer lugar que se olhe, sempre teremos um mesmo fim: o imaterial.
Às vezes procuro as palavras onde não se pode mais escrever, perca de tempo, mas não de esperança.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mesmo em meio a uma multidão, só naquele lugar, em certo momento, com certa pessoa não me sinti sozinho. É muitas vezes repetitivo falar de amigos, mas sempre que posso reforço que não sou nada sem eles, absolutamente nada. É tão bom saber que com bilhões de pessoas no mundo estou ao lado daquelas que precisava estar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O fato de não saber me faz crer que, quanto mais sei, mais me torno um ignorante sobre mim mesmo. A medida em que compreendo o mundo, vou me tornando mais distante de quem deveria estar junto, daquilo que deveria ser eu. Vale apena saber? Por fim, não sei nem sei realmente sei de algo, porque pra mim até a definição de "saber" é falha, nenhuma definição é tão coerente quanto a convivência, é nessa que eu confio.
Afinal do que esperar de si mesmo? Uns dizem que exagerar nos sonhos é o segredo, não ter limites. Outros, falam que quanto menos sonhares menor é o tombo quando nada der certo. Mas o que me dá a certeza de que algo vai dar certo ou errado? Absolutamente nada. Como qualquer mortal, desejei ver o futuro, nem que por um segundo, ver além dos meridianos da realidade, por entre as entranhas do destino, se é que existe um.
Faria diferente, pra poder pensar de outra meneira agora, mas o que foi feito não se disfaz assim como lapidar no mámore, a lasca que foi tirada nunca mais voltará ao seu lugar de origem e o que resta assumirá outra forma.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O que é limitar?
Creio que seja impedir a alma de estrapolar.
É saudável pular as barreiras?
Se é ou não, há vezes em que o faço
Certos momentos nos instigam isso
Como esse.
Pena que não existe aquilo
Seria conveniente pular as barreiras do teu olhar,
Como constrois bem essa fortaleza.

Como uma folha seca jogada no chão de outono
Espero um caminhar sonhador pisar em mim
Para simplesmente sentir o prazer de ouvir o som dos sonhos
Dos meus sonhos, dos teus, na nossa janela.
Vai ser um final de tarde que não merecia ser final.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sonhos estranhos nos deixam assim, confusos, temerosos. Claro que ao abrir os olhos percebi que tudo não passava de mais um sonho turbulento, bem como descrevem os contos, depois de morrer de medo, ou de literalmente perder a vida, abre os olhos e percebe que tudo fora criação do seu imaginário. Mas será que esse sonho não quer dizer nada? Se assemelha muito com aquele de anos atrás, que nunca mais foi embora. Na verdade não gosto de coisas persistentes assim. Algum sentido óbvio deve ter.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Há dias que não são dias, são páginas loucas para serem viradas, lidas e usadas. São páginas de um livro amarelado largado as traças, vivendo sobre o descaso e o medo.

É bom saber que a vida dificilmente é aquilo que a gente escreve, sempre tem um quê de imaginação em meio a cada palavra. Minha sorte é essa, até porque aquilo que eu escrevo é sem sentido e minha vida, parece estar seguindo um rumo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Enquanto caminhava, olhava pra frente, nada além disso porque meus olhos estavam longe do horizonte, a passos rápidos e braços nervosos carreguei um peso, o peso de meus pensamentos...

É como atirar no escuro

É esperar de você mesmo algo imaterial, é como querer segurar o amor com os dedos e não largar nunca mais, escrever na parede juras de amor e acreditar que assim elas serão verdadeiras, só assim. É preciso começar a ver e sentir o que não existe, ainda que os olhos não vejam, eu saberei que estarão ali.
Podes pensar naquela árvore, naquela praça, ou em lugar algum. A matéria é contrária ao pensamento, são inversamente proporcionais: quem muito pensa, pouco toca. Em contrapartida, quem faz juz a hierarquia racional sabe o que está fazendo, mas perde o encanto de dançar no escuro.
E sobre a janela do tamanho de nossos sonhos? Está cada vez maior. Como tudo tem um lado ruim, vejo a realidade através dela e, pra ser bem sincero, tenho medo dela e, olha que engraçado, é o próprio medo que faz com que ela cresça, porque quanto mais temo, mais devaneio.
Escrevi onde ninguém lê, o que nunca lerão. As palavras são eternas e não há quem as façam mortais, ainda bem. Eu sei onde está e o que é.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

No way

Nada vai mudar meu mundo, nada. Independente de o sol nascer mais cedo ou da lua surgir em meio a um manto lilás ou quem sabe daquela borboleta solitária no meio de uma multidão saltitante, tudo segue o mesmo caminho, o chamado caminho nenhum.
Acordei hoje como uma criança que salta temerosa do balanço, e mesmo que aquele frio no estômago seja maior do que tudo naquele momento, sabe que mais a frente um braço acolhedor lhe dará o apoio necessário para fazer com que seus pés não sinta a bruta realidade de uma queda.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Alegria, alegria

Respirei a alegria de todos, que de forma peculiar soltavam ao acaso milhões de partículas de felicidade contagiando quem fosse, de onde viesse. Tudo muito diferente do que estava acostumado, de um colorido que não se pode descrever, a intensidade de cada cor é algo surreal.
Disfarcei o meu medo com música, alegria e um grande toque de amizade. Como diz boa parte dos 6,5 bilhões de habitantes desse mundo, "a vida é um ciclo", nessa etapa, não poderia estar tão bem com alguém que não vocês, aqueles que posso chamar de amigos, um presentes, outros que se fazem presentes mesmo não estando. E como todo ciclo, uns vão se afastando se perdendo no meio da multidão, mas mesmo de longe como um imenso farol, vejo o brilho de seus olhares, que ofuscam mais do que qualquer fantasia de carnaval.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Independente de terem sido lágrimas ou largos sorrisos, ninguém apaga essa história, porque até mesmo os trágicos filmes são merecedores de Oscar.