sábado, 24 de outubro de 2009

Da existência

Folha seca sem vida
Foi feita vida sem querer
Sem medo ou vergonha caiu ao mundo
Sê adulto!
Sê fruto!
Sê o que tiver de ser...

Folha de quem for,
fora folha ao amanhecer
mal me quer ou bem me quer,
nada importa.
Caiu ao mundo ao acaso durante a noite

Abaixo dela havia alguém [eu?]
Braços abertos a espera de quem? [alguém?]
O céu não pariu ninguém!
O pensamento vai contrário à gravidade,
Caí ao mundo feito folha seca.

Se se cai no escuro por opção
Não se tem na cabeça muita coisa
A solidão é maior que a inclusão
Na terra onde o céu é mais bonito
E o outono menos cruel.

18 comentários:

Jefferson disse...

Simplesmente arte!
Você é um artista.

Parabéns!

Bruna Vicente disse...

leva jeito pra poesia meu amigo.

Verônica! disse...

Você desperta o prazer da leitura.
E o seu sobrenome já diz tudo;D

Unknown disse...

e o perigo dessa vida assim, feito folha seca.. que "sem medo ou vergonha caiu ao mundo", é que tem gente que adora pisar nelas.. e ouvir o barulhinho que faz.


obs: à parte o texto, eu adoro pisar em folhas secas, mas não no sentido da vida. :)

gostei bastante do seu texto, sugere várias interpretações, a minha talvez tenha sido bem distante.. mas eu gostaria de saber em que vc estava pensando ao escrever.

talento. ;*

Anônimo disse...

Poeta? Artista?
Não... Ourives da palavra...
É graças a (ex)alunos como você que digo: ser professor ainda vale a pena!
Beijo

Leo disse...

muito bonito... e triste hehe

Gustavo Machado disse...

Jefferson, muito obrigado pelo comentário! Se tiveres algo teu pra que eu possa ler ficarei grato :)

Gustavo Machado disse...

Verônica, fico feliz em saber disso! Obrigado pelo comentário. ;D

Gustavo Machado disse...

Subby_souza, realmente, pisar em folhas secas é um vício. Normalmente as coisas vêm à minha cabeça sem muita explicação, esse poema foi assim. ;*

Gustavo Machado disse...

Kellen!!!
Não sabes o quanto fico feliz em ler um comentário desses, fico até sem palavras ahahahaha
Obrigado mesmo! Desejo-te muita sorte na tua carreira de professora
beijos

Victória Freitas disse...

"Sê o que tiver de ser..."

Tal como a folha, nessa frase eu tento encontrar meu destino.
Não sei ainda. Serei o que tiver de ser. Se é que algum dia haverá algo pra esse tanto de dúvida na minha cabeça.

Adoro seu blog,
Victória.

=*

Jefferson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno Batiston disse...

Gostei bastante do teu blog, das coisas que cê escreve. Acho demais essas pequenas sacadas, usar essas trivialidades, tão bestas quanto folhas caindo, pra poder fazer então as viagens absurdas da nossa cabeça.. absurdas, mas que sempre dão o que falar (e pensar, principalmente), vale a ressalva.

Cê escreve muito bem!
Devo voltar. =)

(E desculpa o ar de quem não sabe o que falar, pode parecer um daqueles "oi, visita o meu também" travestido, tão descartáveis, mas não se preocupa, é só aquela história de não querer deixar passar em branco uma boa impressão mesmo, rs..)

Jefferson disse...

Assim que eu tiver algo digno do seu apuro estético, enviarei para que leia.

Acompanho seu trabalho há algum tempo. (Tornei-me seu fã)

Novamente, parabéns!

Grande abraço.

Marelize Obregon disse...

Seus posts me agradaram tanto que vou seguir. ^^

Monique disse...

Sua maneira de escrever é adorável, e a adoração por suas palavras é crescente já faz tempo.

Unknown disse...

Raramente aventuro-me em BLOGS. Mas acabei parando por aqui. Belíssima composição. Parabéns.
Coloquei nos favoritos. Visitarei sempre.
Angelo Pessoa

Sara Silva disse...

Este poema está, como eu costumo dizer, neste caso escrever, simplesmente fabulástico!
Parabéns!