sexta-feira, 28 de março de 2008

Seus olhos miravam o chão com perplexidade, no peito sentimentos distintos que acabavam se tornando paralelos a uma única decisão. Mesmo que com medo, seus pés formigavam para se transformarem em um próximo passo. Seguro ou não o futuro o esperava de braços abertos, mas é crucial saber que esse fato não é promitente, até a morte nos espera e não há lugar onde seja proibido morrer. Olhando agora o sol, fixamente apontava para um pássaro negro em meio ao crepúsculo, imaginava-se como ele, sempre a procura de lugar algum, mas todo o tempo querendo algo.
Tentou ser, andar, tentou voar, mas apenas olhou e observou uma infinidade de coisas invisíveis e tangíveis.

segunda-feira, 24 de março de 2008

É preciso estar atento a cada sorriso, pois estes sempre são reflexos de felicidade. É aceitável a divisão qualitativa de sorrisos, aqueles amarelos (que nos causam ânsia pela falta de simpatia, mesmo se tratando de um sorriso), aqueles involuntários que brotam sem avisar... Ah sorrir...Seria bom sorrir a todo tempo, é interessante pensar na hipótese de uma vida repleta de felicidades, um mundo totalmente azul. É importante dar ênfase eu termo pensar nesta frase, por mais agradável que seja sentir a alegria vir de mancinho abrindo o caminho todos os dias é inviável não derrubar lágrimas.

domingo, 23 de março de 2008

Pensando e pensando acabamos agindo, finalmente. A açção não precisa estar entre os limites físicos, pode ser assim, vago como minhas palavras. O que é realmente relevante está longe, distante, à altura das estrelas, para que possamos desejar, procurar e enfim encontrar e nem sempre quase que impossivelmente tocar.

sábado, 15 de março de 2008

É como sair sem medo do resfriado cantando e dançando na chuva, que solenemente toca cada parte do teu corpo, mesmo sem pedir te eleva pra onde só a chuva pode levar, personificação de um fenômeno da natureza é fruto de uma grande noite, repleta de gotas de chuva, amizade, chocolate russo e alegria. Que venha o futuro, que os planos mesmo que ainda deformados se tornem reais, tudo que fiz valeu a pena, é clichê, mas é verdade, assim como é também o fato de ser 3:05 da madrugada, eu ouvir roncos e mesmo assim, pensar. Não digo em coisas específicas, pois ter a cabeça fechada em um círculo é um castigo para um amante da filosofia. antes de colocar a cabeça no travesseiro tenho que pensar, é um ritual diário. Hoje meu pensamento é você, eu, nós todos os pronomes pessoais e esse universo não é de apenas duas pessoas, é composto por várias cada uma com sua função, eu apenas penso, não faço. Meu papel é esse? Pensar, pensar e pensar? Espero não esquecer de ser, independente do que for, mas ser.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Vi a noite virar dia assim como quem vê uma onda bater contra a pedra, não senti o tempo nem a chuva batendo em mim, a lentidão e a precisão de tudo fez que a eternidade coubesse perfeitamente em um segundo.
As folhas cairão sem muita demora, no chão ficarão os desenhos de um verão magnífico cheio da verde alegria de sentir-se bem, e a árvore, seca esperará por mais uma primavera onde tudo começa novamente. Durante o período das gélidas rajadas a árvore sorrirá por ter abrigado tão lindos sonhos, pesados, mas intensos e gratificantes como uma tempestade num quente dia de verão. E se um dia housarem cortar essa árvore, restará um broto, que dará origem a outro e mais outro, força como essa não se pode conter, é presente e permanente como os raios do sol, mesmo que as nuvens tapem, ou a Terra fique de costas para ele, sempre dá um jeito de sorrir com seus raios.

sábado, 1 de março de 2008

É como sair cantando bem alto na praia a noite, tudo que tem dentro de ti sai com a facilidade das ondas quebrando e todas as tuas palavras saem sorrindo para o mundo. Independente da música ou do compassao, ritmado ou não, tuas lágrimas se secam com o vento que toca teu rosto e tudo fica pra trás, menos a felicidade de ser.
Sempre há a pergunta sobre a necessidade da existência das tais lágrimas, mas o que seria do vento sem ter o que secar? Lá mais uma vez está ele, sentado nos seus pensamentos carregando um peso cada vez maior, nem os sopros ajudam, nem a fúria de Tor.
Acho que não sei o que pensar nem o que fazer, é preciso saber afinal?