segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Maria Bonita


O som da vitrola dizia sim. Os pés esboçavam uma dança ao mesmo tempo em que o rosto demonstrava um tom austero e impenetrável. Dentro de suas contradições a mulher que tinha por hábito usar vestidos de chita o ano todo escutava a música que lhe fizera sorrir um dia. Aquelas notas lhe eram habituais e tinham lá no fundo um quê de primeira vez. Saiu dançando na certeza de que não sabia dançar, simplesmente porque queria ver o vento brincar de existir com o rodar de sua saia. Simples assim, sem que a vida pesasse mais que a distância entre seus pés e a felicidade de estar livre.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Gustavo!

Não sabia que você tinha um blog! Vi seu comentário (aliás, obrigada por comentar, adorei!) lá no meu e vim parar aqui. Parabéns, você escreve muito bem :D

beijo