terça-feira, 28 de agosto de 2012

De longe eu o vi, sentado, no chão, como costumava fazer. Mesmo que ele não demonstrasse interesse no mundo, resolvi conversar. Conversando, então, vi que tudo o que eu imaginara existir era vivo apenas dentro de mim e aquilo que diziam os olhos não demonstrava tanta verdade quanto a mão que, inquietamente, dizia de maneira calada pra eu ir embora. A solidão é válida aos que sabem aproveitá-la de gota em gota. Não eu. Não eu? Eu escorro.

Um comentário:

Monique Burigo Marin disse...

Às vezes, nada tem ela de válida, é apenas resultado da invalidez da presença do outro.
O que transborda, pode acabar afogando alguém.