Estou de nome aquilo que não se versa.
Sou de mente algo que não se expressa,
que mescla ser e estar ao parecer.
Aquilo que vai e vem, que atravessa
toda essa pressa do não ninguém.
Até que se acha alguém,
mas o louco de fome de razão caiu.
Esfomeado, o coitado, não sentiu aquele não.
Ninguém lhe disse o motivo, no entanto,
ele tentou uma explicação: sumiu?
Não, ruiu. Riu.
Riu, no fim, de si mesmo.
Esse tropeço a esmo, não era o começo
Era a continuação da sua clara missão:
Trazer a alguém a negação do eu:
o não ninguém.
que dói.
que mói, corrói.
que não.
Um comentário:
Já estava com saudade dos teus escritos, mesmo que eu prefira a ética do sim que a do não, achei maravilhoso o poema. Lindo msm. :)
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