sexta-feira, 14 de março de 2008

Vi a noite virar dia assim como quem vê uma onda bater contra a pedra, não senti o tempo nem a chuva batendo em mim, a lentidão e a precisão de tudo fez que a eternidade coubesse perfeitamente em um segundo.
As folhas cairão sem muita demora, no chão ficarão os desenhos de um verão magnífico cheio da verde alegria de sentir-se bem, e a árvore, seca esperará por mais uma primavera onde tudo começa novamente. Durante o período das gélidas rajadas a árvore sorrirá por ter abrigado tão lindos sonhos, pesados, mas intensos e gratificantes como uma tempestade num quente dia de verão. E se um dia housarem cortar essa árvore, restará um broto, que dará origem a outro e mais outro, força como essa não se pode conter, é presente e permanente como os raios do sol, mesmo que as nuvens tapem, ou a Terra fique de costas para ele, sempre dá um jeito de sorrir com seus raios.

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