terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Parece mentira ou armação, mas tudo que faz bem vai cedo e o que irrita, fica. Ali, parado, remoendo brincando de contorcionismo com os sentimentos, dobrando as dores, entortando os amores, o agente causador das lágrimas parece ser um verme contagioso. Apesar de muitos confetes e serpentinas espalhados pelo chão, o que agradou já foi e não volta mais. Na realidade, a questão é se adpatar às mudanças, mas como bactérias, estas vêm cada vez mais complexas com um pedacinho diferente ainda não conhecido. Vamos brincar de montar o quebra-cabeças então, peças compatíveis seguem caminhos parecidos, permanecem juntas no tabuleiro. Por via de regra, as diferentes unir-se-ão as suas semelhantes e que isto não seja visto como métedo segregativo, às avessas disso, a união das peças "ímpares" traz à tona a questão da singularidade plural. E se quem lê ainda é adepto aquela famosa frase "os opostos se atraem", não se esqueça que a mesma só vale para regras físico-químicas que se aprende no colegial, fato.
Nosso cérebro se costuma com o habitual (o que não deixa de ser uma redundância), a estrada que se caminha todos os dias já não é mais estrada é apenas um caminho, não se vê as flores, as pedras ou o céu. Mecanicamente os passos levam ao destino sem nem ao menos perceber a transparêcia da felicidade. Somos camuflados, escondemo-nos em nós mesmos, e como em uma guerra, batalhamos por objetivos alheios que pensamos ser os nossos. ACORDA! A vida não espera um textinho a ser decorado e nem existe a tal repetição da cena um. Sozinho ou acompanhado, de calça ou bermuda, longos ou curtos, pretos ou brancos, as antíteses nasceram pra trazer o livre arbítrio e se há um objetivo de vida para elas com certeza é pôr dúvidas onde não se precisava ter. De fato, alguns dos seres não nasceram aptos à direção, não sabem comandar o leme, perdem-se nas ondas... ondas? Ondas sonoras, ondas eletromagnéticas, enfim, essas ondas que tomaram conta do mundo. Vê-se coisas, lê-se outras, escuta-se mais ainda e se de tudo isso não restar nenhuma informação suficientemente capaz de proporcionar uma escolha, não adiantará de nada acreditar que o livre arbítrio ainda te pertence, aí só resta ser sombra dos outros. De veras, não vale o esforço viver do passado, mas é inegável que ele conforta, faz bem e dá vontade de prosseguir, porque se depender do presente... É melhor então, esquecer do tempo, das suas armadilhas e brincar de ser feliz.

Um comentário:

rafael geremias disse...

Cada vez melhor.

Abraço

Rafa ;)