Para Geninha
Então fui perdendo o
medo
quase que em doses
homeopáticas de mim.
Com olhos já curtos e
vorazes
Vi que o mundo me era
estranho.
Com um poder de som e
fúria, então
Cantei um eu
De um mundo novo e
relativo
Feito um pronome
que liga meu eu a outro
predicado
e que não seja
subordinado. (!)
Gosto da independência
crua
Nua, ao léu de um futuro
vindo a miúde
No presente brusco de
um passado remoto.
Que foi e que é.
Quero viver num
movimento livre
de gritos roucos,
loucos e agora favoráveis a mim.
Que ecoem na parede de
meus ídolos
Feito a força estranha
de uma tal Maria
Que abriu meus olhos e
disse que eu era capaz.
2 comentários:
Ooooooooh, meu deus! Gu! Ai, que lindoo. Amo esse poema, demais. Não sou eu quem sabe, é vc, seu lindo! Me encontro taaanto nesse poema, sabia? "Gosto da independência crua...Quero viver num movimento livre" Nossa, me emocionei aqui. :)
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