quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sobre aquela que sabe


Para Geninha

Então fui perdendo o medo
quase que em doses homeopáticas de mim.
Com olhos já curtos e vorazes
Vi que o mundo me era estranho.

Com um poder de som e fúria, então
Cantei um eu
De um mundo novo e relativo
Feito um pronome
que liga meu eu a outro predicado
e que não seja subordinado. (!)

Gosto da independência crua
Nua, ao léu de um futuro vindo a miúde
No presente brusco de um passado remoto.
Que foi e que é.

Quero viver num movimento livre
de gritos roucos, loucos e agora favoráveis a mim.
Que ecoem na parede de meus ídolos
Feito a força estranha de uma tal Maria
Que abriu meus olhos e disse que eu era capaz.

2 comentários:

Geni disse...

Ooooooooh, meu deus! Gu! Ai, que lindoo. Amo esse poema, demais. Não sou eu quem sabe, é vc, seu lindo! Me encontro taaanto nesse poema, sabia? "Gosto da independência crua...Quero viver num movimento livre" Nossa, me emocionei aqui. :)

Tom Custódio da Luz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.