terça-feira, 9 de agosto de 2011

Perdição perdida


Eu simplesmente esqueci
Caí, assim, como quem corre.
Sim, mesmo sozinho
Fugi de mim.

Lá na frente, em algum lugar
Vi que uma árvore fazia seu papel
Qual, balançar?
Não, ser.
E eu?

Peguei a retórica de outrem
E percebi o que me era particular.
Propriedade engraçada essa coletiva.
O que é de quem é
Só o é pela ausência do não.

O meu, então
É tão teu quanto o teu olhar é meu.
Meu paraíso, meu mundo.
Minha perdição.

Egoísmo poético esse
Quero, tenho, procuro.
Cadê o egoísmo nosso,
Aquele primeiro?
Talvez esteja ali,
Onde sozinho eu me perdi.
 

Um comentário:

Bruna Vicente disse...

Quem percebe a falta que fazemos a nós mesmos.