Eu simplesmente esqueci
Caí, assim, como quem corre.
Sim, mesmo sozinho
Fugi de mim.
Lá na frente, em algum lugar
Vi que uma árvore fazia seu papel
Qual, balançar?
Não, ser.
E eu?
Peguei a retórica de outrem
E percebi o que me era particular.
Propriedade engraçada essa coletiva.
O que é de quem é
Só o é pela ausência do não.
O meu, então
É tão teu quanto o teu olhar é meu.
Meu paraíso, meu mundo.
Minha perdição.
Egoísmo poético esse
Quero, tenho, procuro.
Cadê o egoísmo nosso,
Aquele primeiro?
Talvez esteja ali,
Onde sozinho eu me perdi.
Um comentário:
Quem percebe a falta que fazemos a nós mesmos.
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